segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Mapa- Múndi/Thiago Pethit

coisa MAIS linda que vi nos últimos dias. Inspiração total. Essa menina Renata que dirige o vídeo é bem foda, puta sensibilidade irada, e o cantor que só conhecia de ver por aí no twitter achei fofo demais cantando.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Não viva no Outono



Ainda pior que a convicção do não é a incerteza do talvez, é a desilusão de um quase.
É o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata trazendo tudo que poderia ter sido e não foi.

Quem quase ganhou ainda joga,
quem quase passou ainda estuda,
quem quase morreu está vivo,
quem quase amou não amou.

Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos, nas chances que se perdem por medo, nas idéias que nunca sairão do papel por essa maldita mania de viver no outono.

Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna; ou melhor não me pergunto, contesto.
A resposta eu sei de cor, está estampada na distância e frieza dos sorrisos, na frouxidão dos abraços, na indiferença dos “Bom dia”, quase que sussurrados.

A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai.
Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor, sentir o nada, mas não são.

Se a virtude estivesse mesmo no meio termo, o mar não teria ondas, os dias seriam nublados e o arco-íris em tons de cinza.
O nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma, apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si.

Não é que fé mova montanhas, nem que todas as estrelas estejam ao alcance, para as coisas que não podem ser mudadas resta-nos somente paciência porém, preferir a derrota prévia à dúvida da vitória é desperdiçar a oportunidade de merecer.

Pros erros há perdão; pros fracassos, chance; pros amores impossíveis, tempo.
De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma.

Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance.
Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar.

Desconfie do destino e acredite em você.
Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu.


- Sarah Westphal

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Alors On Danse

Adoro essa música, chama Alors On Dance (Então, vamos dançar) do cantor Stromae. É daquele tipo que fica na cabeça para o resto do dia quando ouço, rs, mas acho fofa, dei um google na letra e é engraçada, parece ser hit total em Paris. Aliás, vááárias músicas boas dele. Vale a pesquisa.

BAHIA II - as igrejinhas

elas eram todas minúsculas, lindas por dentro e por fora e tinham uma cruz na frente (alguém sabe o pq?) não encontrei ninguém rezando. Na de Caraiva, logo depois que fotografei, a moça que estava sentada na porta de casa ao lado da igreja, se levantou e fechou as portas, disse que é encarregada dessa função, todos os dias às 6 horas da tarde, rs.
Trancoso


não lembro o nome do lugar, é caminho entre Trancoso e Caraiva


Caraiva

Corumbau

terça-feira, 17 de agosto de 2010

BelezUnhas

Que a Adriana Barra é um gênio do talento e bom gosto eu já sabia, mas dessa vez ela surpreendeu com a mais nova sacada. Puta idéia simpática de atender as clientes da loja num ambiente especialmente decorado e lindo, com uma equipe de manicures que são as queridinhas no mundo "chiques, ricas e famosas" (que eu não conheço, obrigada.) com toda a coleção das marcas de esmalte maaaais irados do planeta.

dica da @jugalliotti






E já que o assunto é esmalte, ela voltou com força total :). Unha francesinha. Dessa vez não vem simplesmente na tonalidade branca, na parte maior da unha e juntamente com esmalte transparente. Ao invés disso, cores e misturas são bem vindas, aliás, obrigatórias.

a Yvez Saint Laurent lançou ontem sua nova coleção, chama Rock et Baroque, onde os esmaltes são vendidos em pares, com duas tonalidades de diferentes cores.

Já está fazendo a cabeça da mulherada lá na zoropa há um tempinho, agora acho que a moda vai pegar aqui também. Eu nunca fui muito adepta de unha francesinha, acho princesa demais. agora com essa versão mais radical curti a idéia!


EU PRECISO

esse ficou além do EU QUERO. se enquadrou na categoria EU PRECISO. como proceder?

(via etsy)

OI!

quem concorda levanta a mão. quem não concorda me explique pq :)

domingo, 15 de agosto de 2010

Fora do Ritmo ou simplesmente No seu Tempo?


Ontem acordei super cedo e fiquei lendo, lendo lendo... e uma matéria da revista Tpm desse mês (leiam!) me chamou atenção, porque tem a ver com minhas indagações. Começa assim:

"Quando você comprou seu apartamento? Nunca? E seu carro, de que ano é? Ah, você anda a pé. E essa camisetinha, foi um achado da Topshop, aposto! Ops, você nunca pisou na loja inglesa. Tenho uma banqueteira ótima para cuidar do seu casamento! Casa que eu te conto. Ou melhor, arruma um marido antes, seu último namoro foi há três anos. Parlez-vous français? Ai, desculpa, você só fala português. Fracassada. É, isso mesmo, fra-cas-sa-da." ...

Então quando terminei de ler pensei, nossa! para alguém que está beirando os 30, saiu do emprego que tinha, está com mil idéias na cabeça, vai fazer um curso pq quer mudar, ou pelo menos, acrescentar um conteúdo diferente na sua maneira de trabalhar e algumas/várias amigas passando por momentos parecidos, é no mínimo curioso constatar o que já estava sob suspeita. Essa será uma variável cada vez mais frequente (amém) na vida das tão comentadas "mulheres modernas".

Porque é simplesmente frustante vc ter que se sentir frustrada com uma frustração que na verdade nem é sua (ó, essa ficou na linha do "tres pratos de trigo para..."). Quem disse que eu tenho que me incomodar, por exemplo, com o fato de querer mudar de idéia e quem sabe rumo profissional aos 30 e correr atrás dessa mudança que eu acredito que vá me fazer feliz de verdade? (ah, muito velha né?!) ou, querer parar de me culpar pq não tenho a barriga da Giselle, detesto academia e nem vou ficar suuuper mais feliz em função disso, nem milionária - além de não ter nenhuma pochete tão descomunal assim acoplada á minha cintura, hehe. (nossa, muuuito fora de forma!).
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Enfim, exemplos como esses que me acompanham diariamente + a leitura dessa matéria + papo furado com as amigas me fizeram perceber uma coisa. To BEM a fim de sair por aí pra achar o idiota que inventou essa porra chamada INDÚSTRIA DE CLICHÊS :) só pra olhar pra cara dele e falar: fo-da-se vc e essa sua invençãozinha ultrapassada (e olha que até tenho créditos na lista de clichês: casei bem antes dos 30. tenho uma terapeuta. bons empregos. poucas rugas. viagens legais...).
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O melhor de tudo é que sei que vai ser fácil achar, ele deve estar na 1a esquina, ou quem sabe até dê de cara com ele no elevador, antes de chegar na rua. Fato é, e os discípulos? que se forem muitos (e tenho essa sensação), vou precisar da ajuda de quem concorda cmg, pq minha voz vai acabar antes de sair do meu bairro. Mega fones ATIVAR!

alguns podem achar que a culpa da minha "rebeldia" tem nome: retorno de saturno
eu acho que também, mas curto mais a idéia de ser pelo fato de fazer parte da geração Y. Bom, concluindo, pra mim tá tudo certo, foi só um desabafo reflexivo ;)

sábado, 14 de agosto de 2010

BAHIA I - novos amigos :)

sumi né? o motivo é delicioso e fica fácil entender a minha "lentidão" em atualizar o blog pq ainda to no clima dela - Bahia :) ô terra boa. Foi demais. Conhecemos algumas pessoas e lugares que certamente jamais esquecerei e deu vontade de contar aqui. Então, vamos por partes. Primeiro as pessoas:

índios que conhecemos assim que pisamos em Caraiva. Já me encheram de pulseiras e colares feitos de diversas sementes antes mesmo de chegar na pousada.

quando saímos para a 1a caminhada na praia de Caraiva, encontramos uma reserva dos índios, há uns 2 km de distância de onde estavamos hospedados. São umas casinhas construídas onde vivem algumas famílias indígenas (mas a grande parte fica mesmo na aldeia Pataxós, que fica láá na ponta, mais uns 4 km). Estavamos passando e esse menininho da careta, que não lembro agora o nome -até pq os nomes deles não são nada comuns, rs - chamou a gente pra tomar uma água de coco (fofo), o pai dele subiu no coqueiro e nos ofereceu os cocos fresquinhos, sem cobrar nada. Ele adorava conversar e contou que queria ser fotógrafo e advogado, dei a máquina na mão dele, se divertiu horrores. O pai deu uma bronca na gente pq tiramos a foto fazendo careta, rs, segundo ele, fazer careta nas fotos, evoca os espíritos do mal. Eu ein.

esse é o Pézinho. Figura que levou a gente de buggy pra fazer o passeio em Corumbau e na aldeia. Mora na aldeia há seis anos junto com os índios. Raridade isso acontecer. Histórias boas pra contar, é o único mecânico da região, conserta todo tipo de motor. Assim que chegamos na praia ele solta um "bom gente, agora vou dar uma descansada". Gargalhamos, é realmente muito cansativo dirigir 6 km, hehe.

Tucuriiiiii. Meu querido amigo índio que fiz na praia. Tava ali de bobeira, ele chegou com os artesanatos e engatamos um papo de hoooooras a fio, me contou a vida toda. Casado com Cotia, 41 anos, pai de 10 filhos, todos estudam na aldeia, ele estudou até a 8a série, ama matemática, ficamos brincando de tabuada, ahahaha. Gente fina. Quando contei que no dia seguinte ia pra Corumbau (que é perto da aldeia), ele disse, "ah Daniela, então vc vai passar lá em casa na volta, quero que vc conheça minha mulher e meus filhos. Vamos tomar uma água de coco e comer uma farofa de ...(não lembro o nome)". falei: "Tucuri, amanhã estarei lá, pode ter certeza! é fácil te achar?" ele: "ô, pode perguntar pra qq um que todo mundo me conhece". Fiquei ansiosa pra chegar o dia seguinte, rs. Ah, todos eles tem o nome indígena e um nome comum, um dos filhos dele (o mais arteiro) se chama Rodrigo, nossa, pronto! também ficou melhor amigo do Ro por esse motivo.

Chegamos na aldeia no fim da tarde. Muitos índios estavam reunidos na porta da igreja, os homens tavam fazendo um curso sobre construção com os brancos - tudo com a supervisão do cacique, que decide do que pode ser plantado até em quem todo mundo vai votar, e segundo a índia da vendinha, uns obedecem, outros não. O fato é que todas as casas tinham cartaz da Dilma colado na porta (ai).

eis que chegamos na casa do Tucuri, o povo sabia mesmo indicar exatamente onde era a casa dele, pq a aldeia é grande! tipo um bairro, só que com as casinhas de barro no mato e longe umas das outras. Gente! e a alegria dele quando viu o buggy chegando. Correu pra receber a gente, foi logo apresentando a mulher e a filharada. Ficamos batendo papo um tempão, fez questão de me presentear com alguns artesanatos que faz com os meninos. Foi bem legal. Esse da foto é o Renan, filho mais novo deles.

Fui embora de lá realizada, feliz! Com a sensação de como valeu a pena e foi especial pra mim (acho q pra ele tb) ter conhecido alguém com a realidade tão diferente da minha, mas que me ativou o botão da compaixão e a anteninha da sinergia. Ele disse: "o sangue que corre em você, corre em mim também". Energia incrível e experiência inesquecível.

Depois conto das praias e do que me chamou atenção em cada lugar que passei - as igrejinhas :)