domingo, 15 de agosto de 2010

Fora do Ritmo ou simplesmente No seu Tempo?


Ontem acordei super cedo e fiquei lendo, lendo lendo... e uma matéria da revista Tpm desse mês (leiam!) me chamou atenção, porque tem a ver com minhas indagações. Começa assim:

"Quando você comprou seu apartamento? Nunca? E seu carro, de que ano é? Ah, você anda a pé. E essa camisetinha, foi um achado da Topshop, aposto! Ops, você nunca pisou na loja inglesa. Tenho uma banqueteira ótima para cuidar do seu casamento! Casa que eu te conto. Ou melhor, arruma um marido antes, seu último namoro foi há três anos. Parlez-vous français? Ai, desculpa, você só fala português. Fracassada. É, isso mesmo, fra-cas-sa-da." ...

Então quando terminei de ler pensei, nossa! para alguém que está beirando os 30, saiu do emprego que tinha, está com mil idéias na cabeça, vai fazer um curso pq quer mudar, ou pelo menos, acrescentar um conteúdo diferente na sua maneira de trabalhar e algumas/várias amigas passando por momentos parecidos, é no mínimo curioso constatar o que já estava sob suspeita. Essa será uma variável cada vez mais frequente (amém) na vida das tão comentadas "mulheres modernas".

Porque é simplesmente frustante vc ter que se sentir frustrada com uma frustração que na verdade nem é sua (ó, essa ficou na linha do "tres pratos de trigo para..."). Quem disse que eu tenho que me incomodar, por exemplo, com o fato de querer mudar de idéia e quem sabe rumo profissional aos 30 e correr atrás dessa mudança que eu acredito que vá me fazer feliz de verdade? (ah, muito velha né?!) ou, querer parar de me culpar pq não tenho a barriga da Giselle, detesto academia e nem vou ficar suuuper mais feliz em função disso, nem milionária - além de não ter nenhuma pochete tão descomunal assim acoplada á minha cintura, hehe. (nossa, muuuito fora de forma!).
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Enfim, exemplos como esses que me acompanham diariamente + a leitura dessa matéria + papo furado com as amigas me fizeram perceber uma coisa. To BEM a fim de sair por aí pra achar o idiota que inventou essa porra chamada INDÚSTRIA DE CLICHÊS :) só pra olhar pra cara dele e falar: fo-da-se vc e essa sua invençãozinha ultrapassada (e olha que até tenho créditos na lista de clichês: casei bem antes dos 30. tenho uma terapeuta. bons empregos. poucas rugas. viagens legais...).
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O melhor de tudo é que sei que vai ser fácil achar, ele deve estar na 1a esquina, ou quem sabe até dê de cara com ele no elevador, antes de chegar na rua. Fato é, e os discípulos? que se forem muitos (e tenho essa sensação), vou precisar da ajuda de quem concorda cmg, pq minha voz vai acabar antes de sair do meu bairro. Mega fones ATIVAR!

alguns podem achar que a culpa da minha "rebeldia" tem nome: retorno de saturno
eu acho que também, mas curto mais a idéia de ser pelo fato de fazer parte da geração Y. Bom, concluindo, pra mim tá tudo certo, foi só um desabafo reflexivo ;)

5 comentários:

  1. Daniiii, querida!
    Compartilho dessa inquietude com você! Vivemos no meio de tantos fluxos que já não sabemos mais quais são genuinos e quais são incorporados pela nossa cultura. Mas uma coisa é certa, as relação que nos fazem potentes, aquelas em que "somos quem somos", revelam nossa essência e os nossos verdadeiros fluxos/desejos.
    Eu adoro essa frase: "Eu guardo o meu conhecimento nos meus amigos" Rae Tanner

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  2. Hoje acordei com um pouco de medo da minha decisão e com a TPM debaixo do braço pra ler na agência. E antes de começar a ler a revista, vi seu post...
    Conclusão 1: tô contigo e não abro!
    Conclusão 2: tão bom ser sua amiga! obrigada!
    Conclusão 3: Be My Dj RULES!

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  3. conclusão 4: vem ni mim que a gente descobre "como proceder". :) <3

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  4. Ainda bem que eu não estou sozinha...quando é que a gente começa à gritar???

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  5. concordo muito com tudo isso
    se não fossemos tão condicionadas aos cliches da vida, sofreríamos menos
    mas nunca é tarde para a mudança!
    tamos juntas.

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